quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Convexo.


Uma tormenta me aflige. Ainda aguardo a contagem de sobreviventes.

Um sentimento que beira o nominável, embora não seja. Uma exasperada fuga de sentido. Uma tétrica ausência de alguma coisa. Algo que relaxa quando contrai, e aflige quando expande. Que não sabe se é da ordem do tangível. Mas que também nutre o medo de qualquer e iminente toque.

Que peca por excesso.

E tarda ao vir em tempo real.

Chega. Eu não consigo mais. Permito e espero encarecidamente que qualquer coisa me atinja. Qualquer coisa mesmo.

(E relaxa quando contrai. E aflige quando expande.)

Faço o que posso fazer: sento em lótus. Acendo um cigarro. Me evado do niilismo que a solidão força e sorrio ao fitar as estrelas.

Afinal, não há naufrágio que se preze que não comece com a esperança de um resgate.


Carpe Diem. Amo vocês.


2 comentários:

  1. Acho que é exatamente pela esperança do resgate que nos deixamos levar pelo naufrágio, sabe?

    "Carpe Diem"!
    =*

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  2. ei, niilismo é aconchegante homem...
    mas entendo sua evasão..

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