
Uma tormenta me aflige. Ainda aguardo a contagem de sobreviventes.
Um sentimento que beira o nominável, embora não seja. Uma exasperada fuga de sentido. Uma tétrica ausência de alguma coisa. Algo que relaxa quando contrai, e aflige quando expande. Que não sabe se é da ordem do tangível. Mas que também nutre o medo de qualquer e iminente toque.
Que peca por excesso.
E tarda ao vir em tempo real.
Chega. Eu não consigo mais. Permito e espero encarecidamente que qualquer coisa me atinja. Qualquer coisa mesmo.
(E relaxa quando contrai. E aflige quando expande.)
Faço o que posso fazer: sento em lótus. Acendo um cigarro. Me evado do niilismo que a solidão força e sorrio ao fitar as estrelas.
Afinal, não há naufrágio que se preze que não comece com a esperança de um resgate.
Carpe Diem. Amo vocês.
Acho que é exatamente pela esperança do resgate que nos deixamos levar pelo naufrágio, sabe?
ResponderExcluir"Carpe Diem"!
=*
ei, niilismo é aconchegante homem...
ResponderExcluirmas entendo sua evasão..