segunda-feira, 30 de março de 2009

A nada incrível história daquilo que fenece sem acabar.


Eu tinha planos. Sério mesmo, eu tinha. Vizinhança tranquila, casa longe do trânsito, criança correndo na rua, um dálmata no quintal, novela... eu ficava feliz somente à iminência disso tudo contigo.

Mas você não quis mais brincar de ser minha.

E daí que foram só três meses? Filmes duram uma hora, duas, e eles já sabem que vai ser p'ra sempre. Eu acreditava mesmo que ia ser p'ra sempre.

P'ra ser sincero, eu ainda acredito.

Como disse o poeta, "estamos medindo forças desiguais". Tenho que me recolher à inevitável unilateralidade do amor insustentável a apenas um dos dois.

Como esquecer o inesquecível? Como me dar conta de algo que não acredito? O máximo de promessa que posso fazer é: me adaptarei. Não acabou, mas em tua honra me adaptarei.

Mas não tire de mim o direito que o meu peito tem de rasgar em pranto. Não negue a maternidade de cada lágrima. Que você não sente mais nada por mim... disso não duvido. Falaste em alto e bom som.

O que duvido é que você arranque esse sentimento daqui de dentro. Recomendo que nem tente.

Já que ele não pode ser nosso, deixe esse meu amor por ti ser meu.

E somente meu.


Carpe Noctem. Amo vocês.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Ensaios Sobre as Paixões (7)

Ato VII: Pathos-Passividade




Sou Homem:
Canto,
Danço,
Escrevo.

Sou Fera:
Rosno,
Arfo,
Rasgo.

Sou Homem:
Leio,
Saio,
Chego.

Sou Fera:
Farejo,
Corro,
Salto.

Sou Homem:
Penso,
Sinto,
Amo.

Sou Fera:
Amo,
Amo,
Amo.


Carpe Noctem. Amo vocês.

De(ath)sign (15)


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Carpe Noctem. Amo vocês
.

The Song Song.


A Canção me atraiu e ensinou a ver através. A não ter medo.

O Medo convocou-me para falar que é importante. E fiquei sem palavra.

A Palavra leu-me e escreveu-me o incrível. Permaneci em silêncio.

O Silêncio me encontrou e sentou-se ao meu lado. Era o momento da ação.

A Ação falou que, sozinho, eu era inútil. Precisaria ter coragem.

A Coragem concordou em seguir conosco. Mostrei todo meu amor.

O Amor mostrou todas as suas formas. Escolhi uma.

E fiz uma canção.


Carpe Noctem. Amo vocês.

De(ath)sign (14)





Carpe Noctem. Amo vocês.

segunda-feira, 23 de março de 2009

As verdadeiras mentes perigosas (ou: quando a medicina irresponsável encontra o jornalismo irresponsável)

Hoje, indo para o trabalho, estava a conversar com o meu pai sobre como certas distorções de julgamento podem ser causados para/per o consumidor desatento de informação jornalística. O assunto específico evocado aí foi um acidente aéreo ocorrido no aeroporto japonês de Narita.

Em 35 anos, submetendo-se a 500 voos diários, ocorreu apenas UM acidente: o supracitado. Mas o jornal(ista), ávido por uma manchete de impacto, vai falar sobre o que? A segurança de um aeroporto, com três décadas e um lustro de existência? Ou sobre um acidente em que um aeroplano quica duas vezes no chão, num ato heroico do piloto de salvar vidas, e que não logra sucesso, consumindo-o em chamas e deixando filhos órfãos e esposas viúvas?

Não subestimarei a inteligência do caro leitor revelando qual foco fora escolhido para a matéria.

A equação da distorção é a seguinte: os aviões ainda são o meio de transporte mais seguro do planeta. Sâo tão raros os acidentes envolvendo aviões que, quando ocorre um em qualquer lugar do mundo, todas as mídias de jornal os noticiam. Mas aviões são também transportes em massa. Portanto, temos dois problemas de distorção perceptiva: 1) Quando um avião grande cai, nos lembramos daquele acidente terrível que ocorreu na Finlândia há 3 meses; e 2) Quando um avião grande cai, não morrem 4, 14 ou 40 pessoas. São uma média de 200. Então, viagens de avião são as mais arriscadas, certo?

Errado.

Vejamos as coisas de uma outra perspectiva. Pergunto: por que não temos uma contagem diária de quantas pessoas sofreram acidentes de carro ou moto, com reportagens detalhadas sobre as vítimas, suas famílias e simulações em computação gráfica das tragédias? Respondo: porque, dessa forma, teríamos que reservar uma programação de 24 horas ininterruptas até ser possível noticiar tudo. E a coisa ia acabar banalizando, perdendo seu apelo jornalístico. Mesmo a tragédia tem que ser dosada. Sem falar que a contabilidade das mortes superaria tanto as decorrentes de acidentes aéreos que o público poderia chegar à triste conclusão (triste para as redes de comunicação): pessoas morrem menos quando viajando de avião. E adeus aos especias de-revista-inteira sobre as vítimas do mais novo desastre que chocou o país.

Mas você deve estar se perguntando: o que aviões tem a haver com medicina irresponsável?

Nada.

Eu vim falar sobre crianças psicopatas.



Imbuído desse espírito já no caminho para a agência, vejo uma reportagem da Folha Online intitulada Tendência à psicopatia pode ser detectada, diz médica; leia trecho de livro. Um belo serviço de utilidade pública, até você perceber que trata-se do merchandising do tal livro. Até aí, não há problema algum - Nunca pensei que a Folha de São Paulo fosse uma instituição filantrópica. É preciso se manter no mercado e monetizar o site como for possível, respeitando limites éticos.

O que eu não respeitei foi a atitude/comportamento da Médica Ana Beatriz Barbosa Silva, em tratar a sociopatia infantil de forma tão leviana.

"Como assim, Breno? Você não leu o livro e já está criticando?"

No caminho eu explico.

Meu desrespeito à questão é tão grande que não colarei o conteúdo da matéria aqui. Peço aos senhores que cliquem no link e leiam a supracitada matéria. Não se preocupem: darei todo o tempo que você precisar.

***

Leram? Ótimo. Agora vou falar um pouco sobre as incongruências que encontrei.

A primeira e mais importante: desde o título até o fim da matéria, contem quantas vezes o significante "pode" (incluindo suas variações "podem", "é possível", etc.) surgem no texto.

Eu contei 14.

Como alguém quer vender um produto/serviço com tanta chance de dar errado? A resposta é dada justamente pela articulista:

Vale ressaltar que as características acima são apenas genéricas e que o diagnóstico exato só pode ser firmado por especialistas no assunto. Além do mais, o leitor deve se atentar para a freqüência e a intensidade com as quais estas características se manifestam.

Ou seja: o livro não é suficiente para diagnósticos conclusivos. Portanto, para quê tê-lo? Não vejo nenhum outro motivo diferente de encher os solícitos bolsos da Médica Ana Beatriz, da Editora Fontanar e da Livraria da Folha. Quem sabe, fazendo até um merchandising "espontâneo"? "Cibele me contrariou hoje. Ela nunca fez isso antes. Ela é psicopata. Vou levar na doutora lá do livro."


Outro trecho que me deixou indignado foi:

[...] é muito importante que os pais tenham conhecimento pleno sobre o assunto [psicopatia infantil] e que passem a reconhecer a disfunção em seus filhos, dispensando o devido valor que o problema merece.

Também seria muito importante que eu tivesse conhecimento pleno sobre engenharia de pontes caso eu queira planejar e construir uma ponte. Só que EU NÃO SOU ENGENHEIRO! Não falo aqui que estou encorajando os pais do mundo todo a ser burros p'ra enriquecer os psicólogos/psiquiatras. O que falo é que redigir um "manual" desses e dar a leigos a ilusão de que ler o livro é estar capacitado a diagnósticos precisos.


(Um adendo: antes que vocês tomem "leigo" de um modo depreciativo, lembrem-se de que, para cada coisa que sabemos, há bilhões de coisas para as quais somos leigos. No meu caso, uma delas é engenharia de pontes, por exemplo).

É um perigo dantesco diagnosticar crianças. Estando elas em fase de desenvolvimento de identidade, como pode alguém ser engessado por algo tão fechado como um diagnóstico?

Muitas vezes eles operam numa direção oposta e viram perigosas profecias auto-realizadoras. "Não falei? Eu disse que ele era violento." Ou até gerar permissivades desnecessárias, já que ele possui um transtorno de conduta. "Você não tinha nada que chamá-lo p'ra brincar! Você já não sabia que ele era hiperativo?".

Durante a Graduação, participei de um grupo que deveria ler o DSM-IV-TR, catálogo atualizado de disfunções mentais, num seminário de Psicologia Escolar. Teríamos que dissertar sobre "problemas de aprendizado", e ficamos assustados com a quantidade e tipo de comportamentos catalogados como patológicos. Ao dia da apresentação, dividimos a sala em cinco grupos distintos e entregamos a cada um deles um estudo de caso - Sobre crianças desafiadoras, que realizavam atos de vandalismo, manipulação de coleguinhas, que não sabiam escrever letras manuscritas, etc. - Todas elas se enquadrando em distúrbios específicos. Pedimos aos demais que sugerissem um diagnóstico e intervenções urgentes a cada criança.

E ao final da explanação, revelamos a incômoda verdade: nenhum dos casos era fictício. Todas as crianças apresentadas éramos nós, componentes do grupo, que nunca precisaram ir a psicólogos ou psiquiatras e que agora estavam num curso de Psicologia, obrigados a "curar" outros infantes que chegariam a um consultório pelos mesmos motivos.

Portanto, aí está minha opinião. A leviandade de um profissional da saúde leva consigo a contumácia de um poderoso veículo de comunicação. Não foi a primeira vez e não será a última.

Meu maior medo é que esse jaez de "manual" sirva como arma de manipulação das verdadeiras mentes perigosas: pais sociopatas, mães esquizofrenogênicas, escolas mal-informadas e outras instâncias de poder distorcido (acreditem: não são poucas) que - aí sim - conseguiriam transformar suas crianças, através da força regimental-moderadora da palavra escrita, em projetos sociopatas. A patologia parental, midiática e/ou médica (essas, que não são questionadas, pois não serão eles que irão ao consultório) moldaria a patologia infantil.

Com um lamentável sucesso, diga-se de passagem.


Carpe Noctem. Amo vocês.

De(ath)sign (13)


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Carpe Noctem. Amo vocês.


quinta-feira, 19 de março de 2009

Eufrates e Tigre, Hudson e Guaíba.


- E aí, sabe o que ela disse? Que não gostou do corte que ele fez! DUAS HORAS E TRÊS TENTATIVAS DEPOIS, ela ainda estava insatisfeita com aquilo! E olhe que todas elas ficaram lindas! Ah, Deus não me dá um cabelo daqueles! Se eu tivesse, um cabelo daqueles eu...

(Minha Nossa Senhora... Fico impressionado com a capacidade que ela tem de falar ininterruptamente! Se eu levantar daqui, acho que ela nem nota...)

- Uhn-hun.

- Não é mesmo? Que nem naquela festa que a gente foi e que a mãe daquela menina apareceu e eu quase morri de rir com aquele vestido que...

(Viu? Ela mudou de "cabelo" p'ra "mãe de alguém" e eu nem notei! Comediante stand-up tem menos habilidade de criar ganchos do que ela...)

- E o que você acha disso?

- Uhn-hun.

- Pois é! Não estava na cara? Como é que aquele menino não notou? E olha que a Gi me disse que, quando ela foi p'raquele show com a Lu e a Ca, elas nem...

(Xi, perdi mais uma virada na trama. Agora, sabe Deus do que ela está falando... E quanto deve estar o jogo do Cabofriense? Quando eu for p'ra casa, ligo p'ra alguém e pergunto...)

-Putz. Sério?

- Sério! E quem desconfiava, hein? Logo ela, depois de um namoro de seis anos, faz um negócio desses! Isso me lembra minha prima, quando a gente foi uma vez p'ra casa de praia e...

***

CONCLUSÕES

Dele: "Aaah! Se ela falasse um pouco menos, eu poderia até falar um pouco mais de mim."

Dela: "Eu não aguento esse silêncio dele! Se ele falasse um pouco mais, eu não iria precisar ficar falando sozinha por horas!"

***

Mudando nomes, contextos e o time de futebol, assim são as coisas desde a Mesopotâmia.


Carpe Noctem. Amo vocês.

sábado, 14 de março de 2009

Fugere Urbe

14 de março. Dia Internacional da Poesia.

Esse espaço de hoje é para você escrever a sua própria.


Carpe Noctem. Amo vocês.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ego défenses


Bate aqui no peito uma vontade de sei-lá-o-quê. Uma vontade sem nome, mas que não deixa de bater por conta de uma besteira dessas.


Duvido que seja fome, sede ou cansaço. Essas vontades surgem todos os dias e não lancinam a esse ponto.


Vontade de ser livre? Ela sempre soa como um meio-termo. Contento-me em manter as amarras frouxas. Que Gandhi, Agostinho, Marx e Lao Tzu tetraloguem sobre isso e arrumem mais gente para fazer confusão.


À exceção de todas as coisas do Universo que poderiam ser alvo dessa vontade, mas desconheço, me faço de doido, mando Descartes-Newton às favas e recorro à empírica eliminação de fatos.


Deve ser por causa dela.


Talvez seja uma vontade de tê-la aqui. De poder vislumbrar cada poro seu, deliciando-me com cada gota de suor, cada esboço de sorriso e cada curva milimétrica. De ficar compenetrado a ponto de esquecer que mesmo eu estou ali.


Talvez seja uma vontade de ter aquele abraço, tão forte que esmigalha problemas, rotinas, filas de banco e preocupações envolvendo a conta do telefone.


Ou daquele beijo, que suga toda a minha essência e depois a devolve para mim, como um rio heraclitiano que faz de mim um outro homem.


(É... É mesmo ela.)


Essa falação toda era só eu, na frustração de arrumar outro motivo.



Carpe Diem. Amo vocês.

terça-feira, 10 de março de 2009

Canção da Neofobia Adquirida

Volto para casa, encharcado. Eu poderia morar mais próximo do ponto de ônibus.


Sou recepcionado por Hilda, minha filhote lhasa apso. Vou para a cozinha e encho sua tigela d’água. Ainda há ração no pote. Entro no quarto, abro as janelas e vejo que a chuva lá de fora não tem vento suficiente para entrar no quarto. Deixo-as abertas, então. Vou ao banheiro, tiro as roupas molhadas e troco por outras mais secas e confortáveis.


Ligo o rádio, na esperança de ouvir uma música agradável, surpreendente e que remeta a uma época saudosa. Daquelas que apertam o coração e façam perguntar como foi que passei tanto tempo esquecido dela.


Mas nada disso acontece por vinte minutos.


Procuro pelo café na despensa, só para perceber que o café acabou. Pego um pedaço de papel e anoto o que está faltando, para ir ao mercado assim que a chuva acabar. Volto correndo para o quarto e desligo o rádio. Desisti dele. Mais oito minutos de tolerância, e mesmo assim ele não cooperou com minha demanda de nostalgia.


Percebo que não me agradam os lançamentos de trilha sonora de novela. Presumo que sejam de novela porque não reconheci nenhuma delas em suas versões originais, mas já ouvi uma ou duas em versões mal-cantadas com letras trocadas entoadas pelas meninas do escritório. E há muito não vejo novelas.


Volto para a lista de compras. Café, cebola, farinha... Ainda bem que não havia mais café, porque também está faltando açúcar. Deus sabe da minha tristeza em haver café quente e fresco sem açúcar. Vejo que alguns produtos de limpeza estão para acabar.


Volto para o quarto. A chuva está entrando pela janela, molhando o rádio. Pela decepção que ele me trouxe há pouco, eu deveria deixá-lo molhando. Mas, à medida do possível, eu sou adepto das segundas chances. Fecho as janelas e preservo-o.


Tento lembrar da última vez em tomei banho de chuva deliberadamente, do verbo estava-dentro-de-casa-e-fui-para-a-rua-tomar-banho-de-chuva. Não consegui lembrar de nada mais recente do que dez anos. Acho que não vai dar para ir ao mercado hoje. Deixo a lista num lugar visível, embora ache que eu vou me esquecer dela de qualquer jeito. Sorrio sozinho, pensando em colocar num lugar mais visível ainda um bilhete escrito “Não esqueça da lista de compras!”.


Procuro um disco velho sabendo que é minha única alternativa, dado o fato de que há muito não compro discos novos. Começo a sentir algo que vai se parecer com fome daqui a uns quinze minutos. Tiro a poeira da caixa de um disco velho. Seco o som com uma camiseta largada no chão e ponho o disco para tocar. Percebi que até mesmo o mais recente disco que eu comprei era velho. Jazz dos anos 20 ou rock inglês dos anos 50, não me recordo ao certo.


Enquanto a música ganha toda a casa, procuro algo para comer que não seja de microondas, sob os olhares atentos de Hilda. Geladeira, forno, despensa... Nada. Abro o freezer e tiro uma caixa. Microondas de novo. Lasanha.


Engraçado como as coisas são. Lasanha de microondas evoca-me lembranças saudosas dela. Dos tempos em que saíamos sem um tostão no bolso, sem destino algum, até bater a fome, voltar para casa e esquentar uma lasanha. Mesmo sem nada que aparentemente valesse, eram momentos tão bons que formaram o conjunto das prováveis melhores lembranças da minha vida. Pelo menos, do melhor namoro que tive. Quatro anos após o fim e nenhum relacionamento mostrou bem-sucedido. Os prazerosos não foram longos e os longos não foram prazerosos.


Lembro de um livro meu que ainda está com ela. Vou ter que esperá-la retornar de viagem, tomar coragem e ligar para pedi-lo de volta. Seria legal reler um bom livro.


Desligo o som. Aproveito o fim-de-tarde preguiçoso de chuva, cubro-me com uma manta, sento-me na poltrona com um prato quente de lasanha e ligo a televisão. Novelas vespertinas. Programas de auditório. Séries da moda. Paro de brincar com o controle remoto ao ver um canal de reprises. Abro um involuntário sorriso...


Que é imediatamente desfeito.


Olho para a felpuda cadelinha e digo a ela:


- Hilda, acho que estou ficando igual aos meus discos:


“Velho.”



Carpe Diem. Amo vocês.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Manhattan Transfer.

Como disse no Twitter: só a abertura de Watchmen já vale o ingresso (sim, ingresso: é imprescindível vê-lo no cinema).




Carpe Diem. Amo vocês.

De(ath)sign (8)

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Carpe Diem. Amo vocês.

Gestalten




Ciclos. Dos mais céticos aos mais crédulos, não há como questionar a existência dos ciclos. Corremos, nos distanciamos, seguimos os rumos da história... Mas a impressão, mesmo, é a de que o deslocamento é igual à zero.


Não compartilham comigo o pasmo de que nossos dias contrastam entre semanas de vazio e uma noite de epifanias? Mesmo quando as dúvidas surgem, são dúvidas novas. Frente às conclusões chegadas.


Nietzsche e o seu demônio, imaginário ou não. George Harrison e a ideia de que, ao fim, estarão esperando na parte baixa do círculo para lhe chutar.


Pouco importa.


Superei demandas e criei outras. O fim da demanda é a morte.



Carpe Diem. Amo vocês.

De(ath)sign (7)


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Carpe Diem. Amo vocês.

quarta-feira, 4 de março de 2009

(Edu)ca(stra)ção





Desenvolvimento de um antigo post meu, "Lao Tzu." Dessa vez, com mais propriedade, já que a palavra é tomada por Sir Ken Robinson, PhD. na Universidade de Londres pela intervenção do Drama e Teatro na Educação e líder mundialmente conhecido no desenvolvimento da criatividade, inovação e recursos humanos.

Ouçam suas palavras. Com medo, respeito e mudança de postura.

Compartilhado descaradamente do Blog do Tas.


Carpe Diem. Amo vocês.

terça-feira, 3 de março de 2009

De(ath)sign (6)


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.



Carpe Diem. Amo vocês.

Survival Mode.


"Você irá me resgatar, não é mesmo? Da mesma maneira como eles nunca fizeram. E eu serei feliz, não é mesmo? Quando seus poderes curativos me atingirem. Você irá me completar, não é mesmo? E então minha vida finalmente se iniciará. E valerá a pena, não é mesmo? Somente quando você se aperceber da gema que eu sou?


Mas isso não funcionará agora da maneira que uma vez funcionou. E eu não conseguirei sustentar até eu perceber que eu posso amar isso. Terei que saber quem não sou, aí eu saberei quem sou. Mas eu sei que não poderei mais fingir que sou a vítima.


Essas ilusões preciosas em minha cabeça não me decepcionaram quando eu estava indefesa. E unir-me a elas é como unir-se com invisíveis melhores amigos.


Esse anel irá me ajudar assim como você irá, cavaleiro de armadura reluzente. Essa pílula irá me ajudar assim como esses rapazes irão embora como água.


Quero decidir entre sobrevivência e alegria. E acho que sei quem não sou. Mas ainda não sei quem sou.


Essas ilusões preciosas em minha cabeça não me decepcionaram quando eu era criança. E unir-me a elas é como unir-se ao melhor amigo de infância.


Passei tempo demais firmemente olhando do lado de fora. Passei tempo demais apenas sobrevivendo."



(Alanis Morissette – Precious Illusions)



Carpe Diem. Amo vocês.