quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Rapport.


Desde que me mudei para a casa onde moro atualmente, convivia diariamente, ao mesmo horário, com a mesma cena: uma senhora negra e robusta, como estaria num quadro de Debret, segurando um lindo e felpudo cachorro branco. Sempre cabisbaixa, com sua camisa sem mangas, calças curtas e chinelos.

Até hoje, não faço ideia de onde ela more ou o que faça da vida. Sempre que a vejo, ela está na rua de paralelepípedos, a passear com o tal cachorro. Tampouco sei o seu nome, nem o do cachorro. Mas de tudo o que falei, o que mais me encafifava era a sua postura: cabisbaixa. Talvez por isso remeti a Debret e infiro que nem o cachorro nem onde ela more sejam delas.

O fato é que essa postura a defendia de mim, tão habituado aos “bom-dia”s e “boa-tarde”s que costumo lançar aos vizinhos que encontro pela rua. Sempre que a via, tinha de passar batido, o que reforçava sua imagem debretiana aos meus olhos. Irônico, dado o fato de que, fenotipicamente (no sentido figurado, antes que os geneticistas me crucifiquem), de sinhôzinho eu não tenho nada.

Senti-me desafiado, embora eu não soubesse como reagir.

Até que, certo dia, passava pela rua e a tal senhora estava a conversar com outra. “Boa-tarde”, falei, esperando apenas uma resposta.

Quando as duas me responderam.

Mesmo tendo sido a resposta da debretiana senhora um balançar de cabeça áfono, senti-me contente. Vícios do psicólogo que inda mora aqui.

E o canal foi aberto. Das minhas subidas de ladeira às oito e poucas da manhã com os fones de ouvido troando nos tímpanos, a encontrava com o seu Sancho Pança na coleira:

“Bom-dia!”

“Bom dia.”

E anteontem, voltando do trabalho para casa, a encontro na rua, carregando vocês-sabem-quem. Com os supracitados fones de ouvido a castigar os tímpanos, entoo meu “boa-tarde!” e leio nos lábios dela algo fora do padrão.

Tiro os fones do ouvido.

“Oi?”

E ela responde, vigorosa:

“Nunca mais te vi!”

Explico a ela que agora saio mais cedo de casa. Ela sobe com o alvo quadrúpede. Ponho os meus fones de ouvido e continuo a descer a ladeira.

Com um sorriso besta nos lábios.

Por mais simples que seja o contexto, é muito bom se deparar com um Encontro. Desses com “E” maiúsculo.


Carpe Diem. Amo vocês.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Hussein.

Washington, D.C., 19/01/2009





Washington, D.C., 20/01/2009




Amém.





Carpe Diem. Amo vocês.



segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

... E um frágil Ninho.


Mesmo sabendo o dano que causaria, atrevi-me a reler velhas cartas. As suas.

E surpreendeu-me o quanto de nós ainda há nelas. Da leveza das raras e geniosas cartas de um criptografado amor. Ao peso das missivas de lamentação pela manutenção de um amor insustentável.

Ainda está tudo lá. E remanesce.

O que isso quer me fazer inferir? Que houve prazer? Que houve dor? Que não morreu?

O filme era maravilhoso, mas mas atipicamente o largo pela metade. Não estou concentrado o suficiente para passar duas horas fazendo a mesma coisa. Passar duas horas em frente à mesma trama.

O silêncio e a bagunça do quarto não me ajudavam. Lembrava da sua voz. Engraçado que, aos primeiros dias, eu voltava para casa e não conseguia lembrar da tua voz. E agora, ela insiste em me falar o que disseste. E o que não disseste. E o que eu queria que você quisesse dizer. E o que acredito que estava na iminência de ser dito.

Volto o filme – Dessa vez, o meu. Ouço novamente a música que cantaste despretensiosamente ao meu lado, e que tanto me encantou e me revelou tanto de ti.

E lembro tanto da gente. Adoro brincar do doloroso jogo de pensar o que aconteceria se eu dissesse “isso” em vez de “aquilo”. Ou se eu não dissesse “aquilo”. Brinco até doer e paro.

Volto ao filme – Dessa vez, o que eu estava a ver antes. E desisto dele, pelo menos para as últimas horas. E percebo que a coisa em que quero passar duas horas é a minha angústia. A trama em que pretendo passar pelo menos duas horas me debruçando é a minha.

Releio algo que escreveste e imagino ser para mim, ou pelo menos, sobre mim. E cada releitura revela algo novo que imagino ser desses jaezes. O banquinho pareceu-me óbvio. E as outras milhares de coisas que tenho registradas com a minha, a sua ou nenhuma caligrafia, que me contribuem para alimentar esse sentimento.

(Por que nenhum sentimento me ajuda nesses momentos?)

Questiono-me sobre defasagens. Se minha leitura ou tua escrita foram deslocadas de contexto...

E a ficha cai.

E concluo.

"Pouco importa."

Nada do que faço ou penso ou doo ou angustio fará sentido.

Se saber se eu existo parece não lhe competir mais.


Carpe Diem. Amo vocês.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pope Art

"The Pope Graffiti" - delilah88

"The Pope" - SheepEatWires

"Pope Tarts" - Darkkako

"Space Pope Lizard" - Westykid

"Pope Leo Emoticus I" - sereneworks



"PWNAGE Pope" - MVK Reborn

"Saga Pope" - Olessya

"Pope fights velociraptor" - Phasmageist


"Pope Dance" - ommony

"Pope Dorito" - Adeus

"Pope 1" - Quezzi

"Pope Collage" - dunasmelly

"Pope" - pojo

"Pope biscuits" - oolong

"Pope Mario" - The-Prez

"Pope it up"- dutchie17

"Battle Pope" - valstaples

"Nazi Pope" - ktrcoyote




Carpe Diem. Amo vocês.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Perfume barato (I think I thought too loud).


Os otimistas podem ver o fracasso como um sucesso de vanguarda. Um para o qual o mundo não estava preparado.

Ah, mundo estranho e bonito. Tudo é questão de abordagem...


Carpe Diem. Amo vocês.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Palavra de ordem: "share"


Depois de uma discussão sobre “libera-ou-não-libera-o-Twitter”, resolvi ir atrás e descobrir o que danado era isso.

Fiz um perfil antes de qualquer coisa. Em seguida, ele fez uma conexão direta com a minha caixa de e-mail, já identificou quem dos meus contatos tinha o diacho e abriu uma caixa que permitia que eu convidasse quem quisesse dos meus contatos para também ter um Twitter. Interessante.

E entrei. O conceito, simples, mas gliscroide. 140 caracteres por post p’ra responder uma simples pergunta: “o que você está fazendo agora?”.

Sem fazer merchandising, mas já criando mídia espontânea: é viciante. Mas a questão não é essa.

O que diferenciou o Twitter de outros círculos sociais virtuais é que você pode adicionar alguém aos seus favoritos SEM que o outro lado tenha que autorizar a conexão. No máximo, o que você pode fazer é bloquear a outra pessoa. Coisas de web 2.0. Em épocas de navegabilidade e Creative Commons, nada mais pertinente.

Outra coisa bacana é que você pode adicionar gadgets no bicho, e ele próprio pode virar gadget de outros sistemas, como o Facebook e o Blogger (falando nisso, você pode visualizar aqui o meu Twitter. Está na barra à direita), que por sua vez, podem ser importados ao feeder de RSS. Que por sua vez, está ligado a outros blogs.

Como eu disse no título: o lance agora é “share”.
E é assustadora a miríade na qual isso pode se tornar. Delicious, FeedMeLinks, Windows Live, Netvouz, Spurl, Yahoo MyWeb… a impressão que nutro é a de que, p’ra participar de todos esses ciclos sociais, é preciso sacrificar sua vida social. Se tendo apenas o mIRC o povo era assim, imagine agora.

Daqui a pouco, teremos, sei lá, um e-boteco – cada um bebendo sua cerveja em casa, em videoconferência. E quem não chegou ainda, mandando um Twitter por SMS.

danadinho118: @silveira #problema to enrolando a mulher aki pelo skype daki a pouco posto o video no youtube foi hilario xego ja (sic)

A revolução está sendo pautada na simplicidade usual. Web 2.0, novamente. Por que o Orkut perde espaço p’ro Blip? Por que o Wii compete em pé de igualdade com o Playstation 3 e o Xbox 360º? Porque o usuário atual está de saco cheio de “Now loading”. A quantidade de informação é grande demais p’ra perder tempo com verbos no gerúndio. “’tá chegando!” “’tô saindo”!

Agora eu vejo um novo sentido para a célebre citação de Einstein:

“Não sei com que armas a III Guerra Mundial será lutada. Mas a IV Guerra Mundial será lutada com paus e pedras."

Quem sabe, não será por pura opção?

Carpe Diem. Amo vocês.


P.S: Falei grego? Tema por isso.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Matter of fact, it’s all dark.


Admito que só fui ouvir Pink Floyd depois de velho, e por influência de colegas da Universidade. Na verdade, com relação a todo o rock clássico (exceto, talvez, o Queen), tive de ser autodidata. Meus pais se submeteram às influências pop do fim dos anos 60/ início dos anos 70, mas aos 12 anos eu já havia percebido como os Beatles me tocavam.

O resultado desse fenômeno foi: tive que correr atrás do que gostava de ouvir. Buscar o cerne da minha identidade musical.

E como eu sou neófito... Mesmo hoje, anos depois do meu fascínio pelo rock ter se revelado, recolho-me à minha insignificância e admito que alguns nomes do cânone são apenas isso: nomes.

Alice Cooper, Black Sabbath, Ramones... de forma alguma posso dissertar de forma aprofundada sobre suas obras, apenas p’ra ser ilustrativo. E, p’ra ser sincero, existem coisas que eu não ouço por não ter paciência, mesmo que eu respeite. Não me vejo, por exemplo, pondo um disco do Meat Loaf, Janis Joplin ou Plastic Ono Band por conta própria. (Quer dizer: nem sei se respeito mesmo a Plastic Ono Band...)

Mas eu estava falando sobre o Pink Floyd.


O rock inglês dos anos 60/70 sempre me atraiu mais que o estadunidense. Kinks, Animals, Rolling Stones (Não vou nem começar a falar sobre os Beatles. Eles merecem um post específico)... Mesmo o punk inglês é-me mais atrativo. Considero o Clash muito mais versátil que os Ramones, por exemplo. Enfim.

Mas não vou dizer que gosto de TUDO o que essas bandas fizeram. Nem mesmo dos Beatles eu gosto 100% (Oooooh! Blasfêmia!). Eu realmente me sinto impaciente com relação à musica. É muito difícil eu ouvir uma música ou disco novamente se eles não me arrebataram à primeira vez. Triste, porém, verdadeiro. A única justificativa plausível que tenho p’ra isso é que existem músicas demais no mundo p’ra eu ficar perdendo tempo tendo D.R. com canções que não me apaixonaram.

Felizmente, não foi isso que aconteceu com o Dark Side Of The Moon.


O que eu conhecia desse álbum eram canções. “Breathe”, “Money”... as malhadinhas, mesmo. Como supracitei, só depois de velho foi que tive a experiência de ouvir o álbum na íntegra. E que agradável surpresa.

Uma das características que tornaram famoso o Pink Floyd é a loucura. A psicodelia. “As viage”. E assumo que certas canções deles são realmente muita informação p’ra mim. Não compro algumas. Outro lance característico deles é a duração das músicas – Algumas são IMENSAS. Muita informação p’ra mim, de novo. Nesse aspecto, considero o Dark Side seu álbum definitivo por trazer o equilíbrio entre esses elementos. Mesmo não faltando loucura (inclusive canções que dissertam sobre a própria, como “Brain Damage”) e músicas grandes (“Us And Them”, com seus 7’50”), eles não destoam da canção. Fazem parte dela. E seriam impertinentes se fossem do contrário.

Outro fator que conta para a grandiosidade do álbum é que, mais do que músicas, ele foi um processo criativo completo. Um poderoso brainstorm. Cada pequeno elemento parece ter sido idealizado “na pedra”, como diria João Cabral de Melo Neto. Não lembro de nenhum outra obra do Pink Floyd (exceto, talvez, o “Live at Pompeii”) em que eu tenha sentido tanto workaholism em Wright, Waters, Mason e Gilmour. Corrijam-me se eu estiver errado.

E não apenas para as músicas. Sendo idealizado como uma ode às diversas dimensões da vida contemporânea e seus absurdos, (conceito enriquecido pelo posterior “The Wall”), mesmo as inserções “não-musicais” do álbum fazem sentido. O bater do coração. O relógio. A máquina registradora. A risada insana. É um álbum tão redondinho que, mesmo nas apresentações solo que Roger Waters ou David Gilmour fazem, eles não conseguem executar as músicas soltas ou numa ordem distinta da idealizada (Às vezes, o álbum é reproduzido na íntegra). Mesmo os depoimentos soltos durante as músicas são fenomenais.

E a esses depoimentos, vale redigir um aparte. A banda confeccionou vinte cartões, cada um deles com uma pergunta. E enquanto gravavam o disco em Abbey Road, chamavam pessoas que também estavam no estúdio para responder às perguntas nos cartões, gravando todas as entrevistas.

O fenomenal desses cartões é o arco em que as perguntas prendiam os interlocutores, As primeiras perguntas eram levíssimas, como “qual a sua cor favorita?”. Em seguida, as seguiam mais obscuras, como “O que a expresão ‘The Dark Side Of The Moon’ (‘O Lado Escuro da Lua’) significa para você?”, partindo para “Você tem medo de morrer?” e atingindo seu clímax com; “Quando foi a última vez em que você foi violento?” e “Você acha que estava no direito de sê-lo?”. Fenomenal, como disse anteriormente. Puta sacada.

As respostas mais notáveis vieram de quem menos se esperava. Paul e Linda McCartney, que estavam gravando em Abbey Road com The Wings, não tiveram suas entrevistas inclusas por ter sido consideradas demasiadamente evasivas (Quem sabe, resultado de décadas de entrevistas com o pé atrás). Henry McCullough, guitarrista da banda, por sua vez, teve um comentário incluso em duas músicas [“I don’t know, I was really drunk at the time” (“Eu não sei, eu estava muito bêbado na hora”)]. Roger The Hat, roadie, também teve sua inserção [“Live for today, gone tomorrow” (“Viva hoje, parta amanhã”)] e Jerry Driscoll, porteiro do estúdio, com a frase mais bela, quem sabe de todo o álbum, e que o finaliza [“There is no dark side of the Moon, really… matter of fact, it’s all dark” (“Não existe o lado escuro da Lua, realmente... de fato toda ela é escura”)]. Filho da puta.


Enfim. Letras maravilhosas, arranjos fenomenais, mitologia envolvente, temática impactante, produção antológica e execução precisa. Daquelas obras que nasceram para ser clássicos, tão raras hoje em dia. De fato, o álbum merece toda a pompa que recebe. É um dos álbuns mais influentes da história do rock e do Pink Floyd. Com seus 36 anos de idade, parece ficar cada dia mais atual. Para quem, assim como eu, sofre de certa preguiça/neofobia musical. E olhe que nem sou tão fã da banda assim.


E ainda sonho em fazer o lance lá com o disco e “O Mágico de Oz”. Essa lenda vocês conhecem, não?


Carpe Diem. Amo vocês.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Flour in the Floor.

Era um São João desses da vida. Iria rolar um arraiá entre parentes.

Já estava tudo organizado: comida, bebida, mesas, banda... Quando cai aquele pé d’água.

Desespero. Minha tia, anfitriã da festa, começa a maldizer o mundo e o tempo, a se entristecer pelos convidados que viriam...

Quando minha avó pergunta onde está a farinha da casa. Atônito pelo pedido nonsense, observo-a.

Ela toma o saco de farinha nas mãos e começa a despejar punhados nos cantos das calçadas. E em pouquíssimos minutos o chuvaréu acaba. E daquele momento, a festa foi até a madrugada, sem cair um pingo d’água sequer.

Lógico que as variáveis para que naturalmente não chovesse durante a noite inteira eram várias. Nem se preocupem: eu faço parte do bonde dos céticos.

O que me deixou atônito foi a segurança dela. Era como se, em seus oitenta e poucos anos de idade, nunca tivesse dado errado.

Pensei em questionar o seu comportamento. E, no mesmo instante, declinei. Não achei digno.

Que os cientistas se questionem em seus laboratórios, jalecos e teses. Que coloquem minhocas nas suas cabeças sobre a equação farinha na calçada + vontade = estiagem.

Enquanto isso, que minha avó, com sua beleza e certezas, continue a salvar as nossas festas. E reclamar que seus filhos e netos bebem demais.


Carpe Diem. Amo vocês.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quando a luz surge. É aí que tens medo?


Invernal – era como tu agias.
Obscuras tuas intenções.
Torpes, tuas emoções.
Sub-reptícias, tuas alegrias.

Pequenos teus contentamentos.
Escusas, tuas obras.
Envenenadas, tuas sobras.
Ausentes, teus lamentos.

Vitórias vis.
Vi tua vitória,
Negra manhã.

E, admitis:
Tua vanglória
É glória vã.

Carpe Diem. Amo vocês.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Infrarromantismo.


Conhecemo-nos exatamente como muitas pessoas não se conheceriam: fingindo ser outras pessoas. E nos enjoamos. Não um do outro, mas nós de nós mesmos. Pedimos desculpas, não a nós mesmos, mas um ao outro. E começamos do zero.

Ela detestava o que eu amava. Mas, diferente das outras que antes haviam surgido, eu amava isso nela. E amava o fato de poder executar minhas doces vinganças... Detestando, também, o que ela amava.

E, juro, não era birra ou vingança gratuita: eu REALMENTE detestava certas coisas nela. Em certos casos, era de se questionar se eu não a detestava realmente, dada a quantidade de coisas nela que eu detestava.

E, juro, também, não eram coisas superficiais ou irrelevantes. Alguns aspectos realmente embasavam sua personalidade. Chocavam terminantemente com o que eu procurava numa mulher. E eu sabia que esse sentimento era recíproco da parte dela.

O que importa é: amávamos-nos loucamente.

Juiz parcial. Torcida contra. Três gols a menos de diferença.

E mesmo assim, éramos unos.

O tempo passou. As diferenças permaneciam as mesmas. Até mesmo porque ninguém queria que fosse o contrário.

Baixas expectativas? Acomodação? Problemas na formação do Inconsciente? Pouco importa. O que interessa é que estamos há tantos anos juntos. Genuinamente felizes e satisfeitos. Completos. Sem vontade de nos trocarmos por ninguém.

...

Chupa essa manga, José de Alencar.

Carpe Diem. Amo vocês.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

For No One (2)


“Chora, disfarça e chora. Aproveita a voz do lamento que já vem a aurora. A pessoa que tanto querias, antes mesmo de raiar o dia, deixou o ensaio por outra.

Oh! Triste senhora, disfarça e chora.

Todo o pranto tem hora. E eu vejo seu pranto cair no momento mais certo.

Olhar, gostar só de longe, não faz ninguém chegar perto. E o seu pranto, oh! Triste senhora, vai molhar o deserto.

A pessoa que tanto querias, antes mesmo de raiar o dia, deixou a escola por outra.
Disfarça e chora.”
(Cartola & Dalmo Castelo - Disfarça e Chora)


Carpe Diem. Amo vocês.

Gaza.













Existem coisas que não cabem e nunca vão caber nos livros de Geografia.







Carpe Diem.


أنا أحبك.


Hangover.



De volta à vida real – Todos os seus ônus e bônus.

Algumas mudanças já são sensíveis. Como num livro de história, que nos dá a impressão de que a sociedade muda completamente de zeitgeist do dia p’ra noite.

Outras mudanças ocorreram consoantes às mudanças anteriores. Algumas mudanças nem ocorreram. Outras dão sinal de que nunca vão ocorrer.
(Algumas não-mudanças são inevitáveis.)

Acúmulos de ressacas, de todos os jaezes. Mas, como todas as boas ressacas, carregam consigo um sorriso de canto de boca. Daqueles que você quer e não quer que sejam notados pela pessoa ao lado.

Acabado? Destruído? Muito provavelmente.

Mas... derrotado?

Nunca.


Carpe Diem. Amo vocês.