sexta-feira, 30 de maio de 2008

Exorcismo.



Tormentos que vagam pelas sombras e que me elegem (sem motivo conhecido) como pousada: optaram por ter minha mente com ninho e proliferam por mim ódio, egoísmo e outros sentimentos sujos. Querem me convencer de que sou um fraco – um viciado. Querem me convencer de que estou sozinho – que quem me ama o faz por puro egoísmo. Querem semear em mim a inveja, a vingança infundada e o sentimento de vazio. Querem fazer de mim um perdedor – quer seja por auto-suficiência, quer seja por puro espírito da batalha que se perde antes de ser travada. Tentam me fazer acreditar que o amor não existe. Tentam ver em mim um ponto fraco – e me fazem perceber que desses eu tenho muitos...


Tormentos que não se prevêem e nem se controlam. Têm total liberdade para fazer o que quiserem – revirem minha mente, me façam questionar meus conceitos, amassem minhas memórias, espezinhem quem eu amo...


...Contanto que seja só por hoje.



Carpe Diem. Amo vocês.

Uma pessoa honrada é uma maioria de um.




Alegra-te, Caos: ainda há de perdurar.

Trema, Jovem: tu és tu, mas ainda não percebeste que ainda és teu pai.

Foge, Criança: teus pais brigam, tua educação é alienante.

Brilha, Sol: há quem veja esperança no simples fato da tua presença.

Perdura brilhando, Lua: há quem viva em função de ti e de tua mudança e de teus mistérios.

Acorda-te, Povo: ainda não sabe a magnitude de teu poder, da força do teu “não”. Deixai a mensagem chegar a vocês.

Acomoda-te, Dominante: só assim a rebelião se facilita.

Ama, Homem: pois mais forte que qualquer ensinamento, dogma, doutrina, religião, ciência, bobagem, regra e exceção, é o amor puro.

Morre, Índio: se é que ainda não morreste, sem tu saberemos a importância de tua beleza.

Chora, Mundo...
...Mas não desista de girar.



Carpe Diem. Amo vocês.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Heart Brake Mode



Num mundo
De mentes afetadas,
Sofrimentos desnecessários
E corações partidos,
Ser feliz é exceção.

Entre almas
Que podem comprar o que amam,
Elevam bobagens a prioridades
E transformam o essencial em idiotice,
Saber amar é invejável.

Em pessoas
Que só amam o visível,
Escondem os sentimentos
E se machucam com a verdade,
Ser sincero é traição.



(Essa é a primeira parte de um poema que escrevi em 2001.

A segunda parte não cabe mais.)


Carpe Diem. Amo vocês.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ecos, Silêncio, Paciência e Graça


"Maldita seja essa sala empoeirada, essa tarde vazia. Respiro no silêncio como nunca havia feito.
Esse sentimento que tenho... Esse último cigarro... Mantenho-me acordado esperando você atravessar aquela porta.
Talvez eu possa compartilhá-lo contigo. Comporto-me como se pudesse compartilhá-lo contigo.
Eu sonho com um lugar qualquer, uma fumaça vai preencher o ar. Mantenho-me acordado esperando você sair por aquela porta.
Eu posso mudar, mas quem você quer que eu seja? Eu sou o mesmo, você quer que eu seja?
Você não está sozinha, cara solidão. Você esqueceu mas eu me recordo. Não estou sozinho, cara solidão. Eu esqueci que havia recordado. Coisas mais estranhas ocorreram, eu sei."

[Dave Grohl - Stranger Things Have Happened]

Carpe Diem. Amo vocês.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Azuis-Incêndio


Os seus olhos lhe traem sabendo o que, talvez, você nem saiba
Os seus olhos lhe traem pedindo o que, talvez, você nem peça.


Seus olhos, delatores, me deixam desejoso e acuado.


Lamento, mas seus olhos já me contaram o que você pensa
Reitero: eles lhe traem. Contando o que você talvez nem queira (contar).


Quem sabe, estejam certos contando tudo para o cara errado?


Aceite o meu conselho: passe mais tempo ouvindo os seus olhos
Já viram como eu viro bobo sempre que me encontro ao teu lado.


Eles dão bons avisos, uma pena se forem desperdiçados.


Eu sei e admito: meus olhos também têm lá sua(s) culpa(s)
Conspiram com os seus... Mas não nos deixam muito avisados.


(Nos vingaremos deles nos beijando e deixando os olhos fechados.)


Carpe Diem. Amo vocês.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Cegueira




E não é que sua desconfiança fazia sentido? Aquele pé-atrás, aquela fagulha de descrença... No fim das contas, não foram as horas de prazer, mas os segundos de baque que deram a tônica.

[Pelo menos, quando o seu lado é trazido à baila.]


Mas então... Por que a causa fora abraçada? Se o obcecado era eu, qual foi o motivo de não haver luz naquele ponto? Qual o motivo de tantos quilômetros percorridos às cegas?


As causas são tantas. São todas e não é nenhuma. O que não entendo é ter havido tantas falsas certezas em meio à bruma. E o mais perigoso: se forem falsas de um lado, imprimem veracidade a outro. E vice-versa.


Carpe Diem. Amo vocês.