segunda-feira, 27 de abril de 2009

Dionisia.


Não culpe o vinho
pelas palavras ditas,
as insinuadas
e os planos arquitetados.

Não culpe a lua
pelo efeito,
o que foi feito
e omitido

Foram apenas nossas bocas,
seladas
em pacto.

Foram os nossos desejos,
juntos,
em complô.


Carpe Noctem. Amo vocês.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

De(ath)sign (24)


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Carpe Noctem. Amo vocês
.

De(ath)sign (23)


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Carpe Noctem. Amo vocês
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De(ath)sign (22)


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Carpe Noctem. Amo vocês
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De(ath)sign (21)


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Carpe Noctem. Amo vocês
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De(ath)sign (20)


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Carpe Noctem. Amo vocês
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De(ath)sign (19)


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Carpe Noctem. Amo vocês
.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Kabuki.

"Assemelha-se como se apenas ontem a vida pertencesse às fugas. Nada aqui para ver, nada de olhar para trás.

Todos os sons monótonos, todas as cores, monocrômicas. A vida parece esvanecer-se para o negro. Como um animal esterilizado com álcool, eu mal posso sentir-me.

Desesperado, insignificante e cheio de incompletude, sinto como se tudo já houvesse sido dito e feito.

Prostro-me na escuridão, cerro meus olhos. A razão pela qual me deixaste a sobreviver. Salvaste minha vida ao dia em que vieste viva.

Ainda tento encontrar meu caminho, passando horas, encerrando dias, queimando como uma chama por trás dos meus olhos. Afoga, bebe, coroa o rei do sofrimento – prisioneiro, escravo até os céus. Desaparece a única coisa. Agridoce redenção.

Eu sabia que isso era a hora de dizer adeus.

Nada mais a dar. Eu posso finalmente vir vivo. Tua vida dentro de mim. Eu posso finalmente respirar. Vir vivo.

Abro meus olhos."


(Dave Grohl - Come Alive)


Carpe Noctem. Amo vocês.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Superfilosofia.


Do que prendo
e do que verte,
do que julgo
(e do) que amo,

Do que penso
(qu)e esqueço,
do que atrevo
e policio,

Do que grito
e omito,
do que beijo
e abraço

São as sílabas
do teu nome
as primeiras
que me ocorrem.


Carpe Noctem. Amo vocês.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Uma Tênue Lynha (2)


Às vezes, faz falta uma decepção. Às vezes, faz falta não pensar na gente. Às vezes, penso que a sua resistência faz todo o sentido do mundo.

Às vezes pergunto se não estou exagerando. E aí a dor vem, sem bater à porta, denunciando o tamanho de meu equívoco. Feliz ou infeliz, chego à conclusão de que é sentimento, mesmo.

Ouço a música que você chamou de sua, e tento fazer algo à altura.

E tenho medo. Não pelo que falta... Mas pelo que sobra.


Carpe Noctem. Amo vocês.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Für meine Blume.

Eu sei o quanto esquecer pode ser difícil. Eu sei que é pior do que se imagina. Você também sabe disso. Então, onde está a dificuldade em vivenciar o compreendido? Qual o sentido nesse retorno às hipérboles adolescentes? Àquelas canções que resgatávamos com o único intuito de alcançar uma tristeza irreal não merecem evocação. Porque agora, mais bregas que sejam, fazem sentido.

Eu sei que ainda é cedo. Eu sei que esse momento que enfrentas é só um lapso em sua magnânima sensatez. Tu tens a beleza de ação e a perícia de um escapista. E sabe o quanto amo as coisas improjetáveis de nossas psychés, uma com a outra - sendo isso uma delas. Mas também sei como uma cerveja ou um cigarro demoram muito quando sozinho.

Prometo um beijo amigo e um abraço silente. Você sabe que terás isso, à revelia de querer ou não.

Nossos anos ímpares são ímpares. Não seria essa a tradição a ser negada agora.


Carpe Noctem. Amo você.

Ho fatto ricerca di me stesso.


Não negue
minha existência,
minha presença,
o ar que lhe devolvo.

Tu és a nona nota.
Rompe o som,
ignora a audição
e atinge minh'alma, sem atalho.

Deixe estar.
Hoje, não me amas.
Mas sei que tu és água.

Amanhã corres de novo,
vertendo um novo rio.
Quem sustenta esse teu "não"?


Carpe Noctem. Amo vocês.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Autobiografia não-autorizada.


Sentir nada é
pior que ódio.
É pior que amor.
É pior que sofrer.

Parte. E,
com isso, quebra.
Tristeza que nasce, morre
e morre de novo.

Erva daninha,
grassa no peito.
Muda que, muda,
não muda.

Aflora e enraíza,
projeta-se para fora
porque projeta-se
para dentro.

Lâmina rente à garganta.
Cano encostado no crânio.
Não vai ser hoje
que a vida ganha de mim.


Carpe Noctem. Amo vocês.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

До свидания (Dosvidania).

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Now playing on iTunes: Paul McCartney - Riding Into Jaipur
via FoxyTunes



Vida minha,
paz minha,
a meu despeito,
és dor.

Mente,
brinca,
segue...
"Carrega-me".

A recusa em doer
é sublime.
A dor da queda
anestesia.

De um paraíso
a outro.
De uma danação
à mesma.

Chega,
beija,
creio...
"Tchau".


Carpe Noctem. Amo vocês.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sindicato dos Radialistas Proíbe Criação do Sindicato dos Publicitários do RN

Texto extraído do Plog, blog de Patrício Jr. Fiquem cientes desse absurdo.


"Ser publicitário é um calvário. Ser publicitário no Rio Grande do Norte, então, é um exercício diário de paciência, devoção e certeza de que não sabe fazer outra coisa. Começo o texto assim para justificar algo: já temos dificuldades demais na profissão. A saber: clientes com pouca verba e nenhuma noção de marketing, veículos viciados na política da boa vizinhança, concorrência desleal e antiética de alguns publicitários entre aspas. Mas a dificuldade da qual quero falar hoje é uma antiga reivindicação da categoria: a formação do SINTAPP - Sindicato dos Trabalhadores em Agência de Publicidade e Propaganda do Estado Rio Grande do Norte.

Há algumas semanas, um grupo de publicitários se reuniu para tornar essa ausência numa presença. Airton Minchoni, Marcílio Mariz e Rodrygo Rennyer juntaram esforços, colocaram algumas idéias no papel, correram a burocracia e conseguiram a publicação do Edital de Convocação para a 1ª assembléia do SINTAPP/RN. Essa assembléia deveria acontecer hoje. E nela, seriam convocadas as primeiras eleições para presidência do sindicato. Acontece que esta assembléia não aconteceu. Isto porque o Sindicato dos Radialistas conseguiu uma liminar proibindo a realização do encontro.

O que o Sindicato dos Radialistas tem a ver com isso? Explico: há anos, os profissionais de agências de publicidade do Estado são representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Radiodifusão, Televisão e Publicidade do RN, mais conhecido pela errônea alcunha de Sindicato dos Radialistas. Esse erro gramático - pra não dizer dramático - no apelido da organização é, na prática, um reflexo do que o sindicato representa para os publicitários. Ou seja, um erro.

Apesar da contribuição sindical não falhar (um dia de trabalho por ano de cada publicitário vai religiosamente para a entidade), nenhum publicitário é verdadeiramente engajado neste sindicato. Os motivos são muitos, que vão do desinteresse à falta de espaço no órgão. Mas pode ser resumido numa questão: juntar radialistas, jornalistas e publicitários num mesmo sindicato é como juntar médicos, dentistas e veterinários num mesmo Conselho Regional. Apesar de estarmos em áreas relacionadas, jornalistas, radialistas e publicitários têm necessidades diferentes. Por isso, pedem representações diferentes.

Hoje, as agências de propaganda são filiadas ao Sindicato das Agências de Propaganda do RN – Sindapro. Na prática, os patrões formam esse sindicato e pela falta de representação direta das necessidades dos publicitários, acabam tomando decisões que são simplesmente comunicadas ao Sindicato dos Radialistas. Muitas vezes unilaterais. Quase sempre, sem reações. Obviamente, não se pretende instalar uma guerra de classes no mercado publicitário local. O Sintapp apenas equilibraria as regras do jogo. Uma categoria sem representação coesa e realmente ligada ao dia-a-dia profissional não tem esperanças de ver suas demandas atendidas. O resultado é devastador para a profissão como um todo. A insatisfação gera publicidade ruim, desvios de conduta, êxodo de profissionais para outros mercados, dentre outras conseqüências terríveis.

Em carta aberta, enviada hoje para o CC-NAT (grupo de discussão por e-mail que reúne os publicitários de Natal), Airton Minchoni disse que o Sindicato dos Radialistas “alega que, por já existir um sindicato que represente nossa categoria, não necessitaria ter um segundo, o que violaria o princípio da unidade sindical”. E acrescenta: “Essa alegação soa como uma piada. Primeiro por não sermos representados, apenas estamos vinculados ao atual sindicato. Não conheço alguém que seja publicitário e que tenha filiação real a esse sindicato. Portanto, ele não nos representa”.

Airton ainda apresenta um outro forte argumento para que a liminar soe absurda. Segundo ele, a criação do Sintapp não tem a intenção de extinguir o Sindicato dos Radialistas, pois este continuaria representando os publicitários autônomos. “É apenas uma representação mais específica e focada nos problemas e necessidades reais de nossa área. Estamos saindo do generalista para algo mais específico”.

A confusão agora vai pra Justiça. Apesar da liminar a favor do Sindicato dos Radialistas, Airton afirmou que a iniciativa não vai parar por aqui. Ironicamente, recebi meu salário hoje. No meu contracheque, um desconto que eu não via há meses me chamou atenção. Era a contribuição sindical. Entendo que o Sindicato dos Radialistas não queira perder a fatia do bolo que lhe cabe. Mas como representantes de classe, deveriam seguir a máxima de que ninguém representa quem não quer ser representado. Uma atitude contraproducente dessas só deixou todos com mais vontade ainda de fundar o Sintapp. Mesmo que isso signifique, desde já – e antes da sua fundação –, uma luta sindical."


Carpe Noctem. Amo vocês.