segunda-feira, 30 de março de 2009

A nada incrível história daquilo que fenece sem acabar.


Eu tinha planos. Sério mesmo, eu tinha. Vizinhança tranquila, casa longe do trânsito, criança correndo na rua, um dálmata no quintal, novela... eu ficava feliz somente à iminência disso tudo contigo.

Mas você não quis mais brincar de ser minha.

E daí que foram só três meses? Filmes duram uma hora, duas, e eles já sabem que vai ser p'ra sempre. Eu acreditava mesmo que ia ser p'ra sempre.

P'ra ser sincero, eu ainda acredito.

Como disse o poeta, "estamos medindo forças desiguais". Tenho que me recolher à inevitável unilateralidade do amor insustentável a apenas um dos dois.

Como esquecer o inesquecível? Como me dar conta de algo que não acredito? O máximo de promessa que posso fazer é: me adaptarei. Não acabou, mas em tua honra me adaptarei.

Mas não tire de mim o direito que o meu peito tem de rasgar em pranto. Não negue a maternidade de cada lágrima. Que você não sente mais nada por mim... disso não duvido. Falaste em alto e bom som.

O que duvido é que você arranque esse sentimento daqui de dentro. Recomendo que nem tente.

Já que ele não pode ser nosso, deixe esse meu amor por ti ser meu.

E somente meu.


Carpe Noctem. Amo vocês.

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