Como vai, meu amigo? Vou colaborar com o que eu costumava chamar de "texto autobiográfico" e foi escrito em 03/10/2000. E o que mudou?
Não Sei Ser Eu
Não sei sentir, Não sei ser humano, Não sei conviver, de dentro da alma triste, com os homens, meus irmãos na Terra. Não sei ser útil, Mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido. Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo, Mas tudo sobrou ou foi pouco... Não sei qual, E eu sofri. Eu vivi todas as emoções, Todos os pensamentos, todos os gestos E fiquei tão triste Como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse. Amei e odeie como toda a gente, Mas para toda a gente isto foi normal e instintivo. Para mim sempre foi a exceção, O choque, a válvula, o espasmo... Não sei se a vida é pouca ou demais para mim, Seja como for a vida, de tão interessante que é. Todos os momentos a vida Chega a doer, a enjoar, A cortar, a roçar, a ranger... A dar vontade de dar pulos, De ficar no chão... E sair de todas as casas, De todas as lógicas, De todas as sacadas... E ir ser selvagem Entre árvores e esquecimentos.
Brasileiro que, na verdade, não possui tema. Fala de política, ódio, surto, paixão, arte e crítica social com a mesma naturalidade. Resultado de episódios criativos (ou não), mas totalmente sinceros, mantendo as devidas omissões. O blog é a versão virtual de um caderno preto que estava sempre à mão de quem quisesse - e era esse o segredo para que ele fosse lido por poucos. Como essa e todas as obras, é e não é ficcional. Lembre-se: mesmo um bilhete de um suicida tem seu tempo de obra autobiográfica.
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ResponderExcluirComo vai, meu amigo?
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Não Sei Ser Eu
Não sei sentir,
Não sei ser humano,
Não sei conviver, de dentro da alma triste, com os homens, meus irmãos na Terra.
Não sei ser útil,
Mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo sobrou ou foi pouco...
Não sei qual,
E eu sofri.
Eu vivi todas as emoções,
Todos os pensamentos, todos os gestos
E fiquei tão triste
Como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odeie como toda a gente,
Mas para toda a gente isto foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção,
O choque, a válvula, o espasmo...
Não sei se a vida é pouca ou demais para mim,
Seja como for a vida, de tão interessante que é.
Todos os momentos a vida
Chega a doer, a enjoar,
A cortar, a roçar, a ranger...
A dar vontade de dar pulos,
De ficar no chão...
E sair de todas as casas,
De todas as lógicas,
De todas as sacadas...
E ir ser selvagem
Entre árvores e esquecimentos.