
Bate aqui no peito uma vontade de sei-lá-o-quê. Uma vontade sem nome, mas que não deixa de bater por conta de uma besteira dessas.
Duvido que seja fome, sede ou cansaço. Essas vontades surgem todos os dias e não lancinam a esse ponto.
Vontade de ser livre? Ela sempre soa como um meio-termo. Contento-me em manter as amarras frouxas. Que Gandhi, Agostinho, Marx e Lao Tzu tetraloguem sobre isso e arrumem mais gente para fazer confusão.
À exceção de todas as coisas do Universo que poderiam ser alvo dessa vontade, mas desconheço, me faço de doido, mando Descartes-Newton às favas e recorro à empírica eliminação de fatos.
Deve ser por causa dela.
Talvez seja uma vontade de tê-la aqui. De poder vislumbrar cada poro seu, deliciando-me com cada gota de suor, cada esboço de sorriso e cada curva milimétrica. De ficar compenetrado a ponto de esquecer que mesmo eu estou ali.
Talvez seja uma vontade de ter aquele abraço, tão forte que esmigalha problemas, rotinas, filas de banco e preocupações envolvendo a conta do telefone.
Ou daquele beijo, que suga toda a minha essência e depois a devolve para mim, como um rio heraclitiano que faz de mim um outro homem.
(É... É mesmo ela.)
Essa falação toda era só eu, na frustração de arrumar outro motivo.
Carpe Diem. Amo vocês.
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