quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Velozes Loucuras.


Introdução

Quando dou conta de que o texto abaixo fora escrito há quatro anos, sinto a celeridade e a mutabilidade com a qual as coisas ocorrem. Tanto na minha vida quanto na dos meus.

O que deveria ser um mero comentário para um blog de amigas minhas ficou tão grande que não coube no espaço destinado. Redigi um bem mais lacônico e lá postei. Mas a vontade de falar a elas o que queria foi maior. Salvei o texto e passei para uma delas, que ao momento estava online.

E qual não foi a minha surpresa quando ela perguntou se poderia fazer daquele comentário o post do dia seguinte?

Prontamente aceitei. Não apenas pelo bem-querer que nutro por elas quanto pelo fato de que, sem blog, Internet ou coisa que o valha, aquilo se perderia de qualquer forma. Ia virar um .txt, .doc ou sei-lá-o-quê, louco a ser deletado na próxima formatação de HD.

Realmente, o post fora feito, p'ra minha felicidade e – Por que não dizer? - Orgulho. E continua lá.

Hoje, os tempos são outros. O blog outrora coletivo agora é individual. Tenho, sim, computador e Internet em casa. E bilhões de outras conotações mudaram nesses mais de 1460 dias.

A idéia surgiu simplesmente do título, localizado no rodapé de uma das imagens do supracitado blog. O texto está um mero ctrl+c/ctrl+v de onde originalmente se localiza. Com a mesma formatação, inclusive. Até a assinatura, à qual me baseei para o Reze Pelo Haiti, permanece inalterada.

Agradeço a Juliana, por ter me convencido de que um mero comentário merecia ser algo mais digno; a Natalya, por ter mantido o texto bem-guardado; e às duas, óbvio, pelas Velozes Loucuras. Sem vocês, minha vida teria sido algo bem menor.



"Velozes Loucuras"... um título lindo, p'ra qualquer coisa que seja. Já pensaram no fato de que poderá haver uma época em que nenhum de nós cometa Velozes Loucuras, seja por repressão (vinda de qualquer canto), seja por opção? "Ah, isso era coisa p'ra outros tempos. Agora já é tarde". Sempre existe uma desculpa quando Velozes Loucuras não são (mais) feitas. "Eu não queria machucá-lo(a)". "Sei lá o que vão pensar de mim!". É muito fácil escapar de uma Veloz Loucura. Mas, senhores... já repararam no fato de que, as Velozes Loucuras, talvez por serem velozes, são as que chegam mais rápido às nossas memórias? Ficamos perdidos, imersos em lembranças que elas no trazem. Como é viva uma Veloz Loucura, por mais que seja antiga!
Meu tempo de vida é curto, mas aí vai um conselho:
Velozes Loucuras.
Sempre que possível.
E até que a vida se esvaia.
Dessa maneira, nunca reclamaremos que "a vida é boa com a gente até um certo ponto". Nunca nos arrependeremos por ter felicidades, por mais curtas que elas tenham sido.
Os segundos podem ser gemas preciosas. A sombra de uma árvore num dia quente. Olhar um segundo p'ra cima e ver uma lua linda, por mais que haja aquela prova na quinta-feira. Aquele momento em que, morrendo de sono, você sente o conforto de uma cama. Em dias conturbados como esses em que vivemos, é assim que nos sentimos vivendo Velozes Loucuras.
Carpe Diem. Boa noite. Amo vocês.

Breno Machado

(26 de julho de 2004)


De novo...

Carpe Diem. Amo vocês.

2 comentários:

  1. Sinto falta das Velozes Loucuras em minha vida... E da ínfima felicidade - "por mais curta que tenha sido", né? - das pequenas coisas... E das grandes também!
    Às vezes a vida prega umas peças e parece que aquilo que você mais desejava acaba se tornando um momento tão estranho... Mas disso, ainda, tiramos algo de bom... Passar pelo cume de uma ladeira - ou "lomba", como se diz aqui - e ver o pôr-do-sol ao fundo da cidade inteira de Porto Alegre, realmente, não tem preço... Paga qualquer solidão e faz com que a gente pense que não somos os únicos seres sozinhos no mundo... Uma cidade tão grande e uma imensidão de pessoas solitárias...
    Lindo texto, Breno... Mas eu nem precisava dizer isso, porque você mesmo já sabe. E sabe também que adoro lê-los...
    Um grande beijo!

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  2. Veloz e feliz surpresa em encontrar isso por aqui.

    Beijones.

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