quarta-feira, 6 de maio de 2009

New Way Home.


O ser humano às vezes me irrita. Feliz ou infelizmente eles têm sido o foco da discussão que embasa meu comentário anterior.

Parece que, quanto mais próximos estão de você (no âmbito geográfico), mais estão distantes. O lugar, então parece um jogo cartesianamente ilógico. Olhando de um ponto-de-vista psicanalítico, o Doutor parecia ter razão quando disse que, para eles, as relações são um doentio esquema de projeção/deslocamento.

Não que eu esteja abstendo-me de nenhuma culpa, achando que estou fora do esquema. O que me intriga é o fato deles serem uma instituição caquética, que, em certa medida, ainda sobrevive.

Quer dizer... o discurso de união ser um motivo intrínseco (termo que vi em Verdugo) não me parece coerente. Prova disso é a tônica, encontrada no seio de uma fração deles, de estabelecer iguais como parâmetro (denegritivo) de comparação. São chacais que atacam justamente o membro do gado que está mais distante. Isso parece-me doentio se levarmos em consideração que certas opiniões, positivas ou negativas, que tomo(ou tomam por mim) ser tão infundadas quanto as que quaisquer pessoas que nunca se viram na vida tomariam. E reitero o termo “doentio” em ver que não é por simples falta de oportunidades de se conhecer que isso acontece. Denigrem por satisfação. “Os meus estão na lama — Mas os dele estão ainda mais afundados.”

O pior é ver que há certos locais em que as coisas amenizam, mas não se perdem — Mesmo com as oportunidades de se conhecer aumentando!

Irrita. Todo mundo é uma ilha, tudo bem. Mas o lugar parece um núcleo de subjetividades individuais muito mais poderoso.

Unimo-nos de forma sã por motivos que nos uniriam a quaisquer pessoas: Mães, amigos, colegas de classe, vizinhos ou o porteiro do hotel. Isso não parece deslocado?


Carpe Noctem. Amo vocês.

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