terça-feira, 18 de agosto de 2009

Deus ex machina.

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Now playing on iTunes: Paul McCartney - Summertime
via FoxyTunes


[Dedicado a (embora não seja baseado em) Dalila Porto]


Com muito pesar, cheguei a uma conclusão: você nos sabota.


Talvez movida pelo prazer de viver no limite, você brinca, sem habilidade alguma, com a linha da navalha dessa relação esquizo e esquisita.

Nutre um deleite pela lágrima. Um êxtase pela consequência dum não.

Roteiriza. Elabora áudio e vídeo, quadros e fotografia.

(De não termos dias juntos. E, sim, episódios-de-hoje.)

E você encaminha tão bem que omite isso de mim. E, se é que é possível, omite isso de si própria.

(Teu prazer é pela dor real.)

O que sinto é triste e infinito. Um marejar de olhos que obceca e aprofunda.

E sinto medo em começar a ter de admitir que, de me acostumar a esse sabor, em meio ao ocre e ácido, algo adocicado vem surgindo à papila.

Minha queixa é simples: se queres que eu participe, retire-me do elenco e inclua-me na direção.

Embora creia que isso soe impossível.

Já que, ao que tudo indica, você adora me ver distante.


Carpe Noctem.

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