quinta-feira, 6 de agosto de 2009

As Nove Faces das Musas (2)

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A Cruzada da Dor Primeira surgiu em 1997 envolta a um clima de descoberta das coisas: o contato entre duas pessoas dispostas a arrancar deleite do encontro dos lábios. E apenas por isso, ela já seria um marco. Entretanto, conspirações político-religiosas fariam com que as alianças se enfraquecessem e dessem abertura para os eventos que ocorreriam a seguir.

Na forma de um golpe se iniciaria, ainda em 1997, a Cruzada da Dor Segunda. A gradadativa fragilização, concomitante a pressões e garantias externas, fizeram o processo de coligação ocorrer de forma espontânea. Mas, em determinado momento, o processo de domínio de recursos parecia pouco para uma das partes. Uma tentativa frustrada de plantar uma traição fora descoberta, o que por si só arruinou toda a prosperidade da relação.

Uma manobra involuntária ao final do mesmo ano seria importante para o início da Cruzada da Dor Terceira. A intervenção de uma equipe de publicitários foi maciça o suficiente para as diferenças entre as partes ser totalmente esquecida. Assentada a poeira, após meses de negociações sem comum acordo, o caso fora arquivado.

1997 também testemunharia a Cruzada da Dor Quarta, ocasionada por uma reforma no campo da educação. Mesmo sendo oficial, ela teve pouca força por conta de alegações de monopólio.

A Cruzada da Dor Quinta surgiria em 1998, incentivada por aliados externos. Parecia promissora, se não fosse por acusações nada infundadas de traição. Lições seriam ensinadas. Lições seriam aprendidas.

Durante o segundo semestre de 1998 se iniciariam os eventos que levariam à Cruzada da Dor Sexta. Mas, mesmo com apoio de todas as partes e aliados envolvidos, ela encerrou-se sem um marco específico e por motivos que seriam e continuam sendo obscuros às partes.

Anos se passariam até que outro evento fosse iniciado. Apenas em 2001 ocorreria a Cruzada da Dor Sétima, também conhecida como Primeira Grande Cruzada da Dor. Todos os eventos dentro dela foram organizados para que fosse definitiva, até que um inexplicável abalo de confiança ocasionasse o rompimento de relações.

Os eventos que levaram ao seu fim propiciaram uma reavaliação de dinâmicas, embora politicamente nada pudesse ser feito de concreto. Tendo em vista um período de resoluções, fez-se necessário omitir as próximas jogadas geopolíticas, e se instituiria a Primeira Cruzada Secreta da Dor, também conhecida como Segunda Grande Cruzada da Dor a qual deu-se entre o fim de 2001 e início de 2002 e encerrou-se pela previsível falta de estabilidade que dela ocorreria.

Em meio a desavenças políticas surgidas ainda da Primeira Grande Cruzada, surgiriam oportunidades estratégicas de saída e reaberturas a pactos nunca dantes concluídos. Uma nova rodada de negociações faria, ao fim de 2002, surgir a breve Cruzada da Dor Oitava.

Pouco tempo depois, com recursos renovados, haveria estrutura para engendramento da Cruzada da Dor Nona, que se estenderia até início de 2003 e demonstrou que possuía mais força quando não-oficial.

Outro hiato surgiria até o fim do primeiro trimestre de 2004, quando do advento da Cruzada da Dor Décima. A qual, apesar de também promissora, se enfraqueceria ante eventos posteriores.

Ainda em 2004, dentre uma série de eventos irregulares, ocorria a Segunda Cruzada Secreta da Dor, a Terceira Grande Cruzada da Dor, que atravessaria os anos de 2005 e 2006.

E mais de um ano se passaria até a Cruzada da Dor Décima Primeira, a Quarta Grande Cruzada da Dor, que mais uma vez soaria definitiva. Um evento imerso em conflitos, paranoia e acusações de traição (dessa vez infundadas).

E cá estou eu, torcendo para que a próxima Cruzada seja a última. Pelo menos, a última da Dor.


(Face-Clio, Ato II:
"Minha vida afetiva")


Carpe Noctem. Amo vocês.

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