segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

P.S.


O que seriam envelopes hoje não guardam nada, nem se endereçam a ninguém.

O que seriam cartas são, hoje, folhas em branca.

As palavras se diluem. Perdem força e ganham prosaísmo demais.

As letras que, juntas em suas variações, diziam “Eu amo você” agora têm de servir p’ra recados, receita de bolo, outdoors e anotação de compromissos.

[Além, é óbvio, da poesia carente de alegria.]

Até a tinta se sente sub-utilizada. “Já deixei marcas mais bonitas”, ela diz.

E eu não tenho coragem de negar.


Carpe Diem. Amo vocês.

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