quarta-feira, 15 de abril de 2009

Kabuki.

"Assemelha-se como se apenas ontem a vida pertencesse às fugas. Nada aqui para ver, nada de olhar para trás.

Todos os sons monótonos, todas as cores, monocrômicas. A vida parece esvanecer-se para o negro. Como um animal esterilizado com álcool, eu mal posso sentir-me.

Desesperado, insignificante e cheio de incompletude, sinto como se tudo já houvesse sido dito e feito.

Prostro-me na escuridão, cerro meus olhos. A razão pela qual me deixaste a sobreviver. Salvaste minha vida ao dia em que vieste viva.

Ainda tento encontrar meu caminho, passando horas, encerrando dias, queimando como uma chama por trás dos meus olhos. Afoga, bebe, coroa o rei do sofrimento – prisioneiro, escravo até os céus. Desaparece a única coisa. Agridoce redenção.

Eu sabia que isso era a hora de dizer adeus.

Nada mais a dar. Eu posso finalmente vir vivo. Tua vida dentro de mim. Eu posso finalmente respirar. Vir vivo.

Abro meus olhos."


(Dave Grohl - Come Alive)


Carpe Noctem. Amo vocês.

2 comentários:

  1. Machado,

    Quem é essa mulher?

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  2. Cara, valeu mesmo pelos inteligentíssimos comentários no "O que eu tenho...".
    São pessoas assim, iguais à você, que possuem um sensiblidade fora do comum que pretendo atingir com os meus textos... Pessoas que possam entender meus "desabafos nostalgicos" mesmo sem me conhecer tão bem.
    E você tem toda razão: Desejo que nossas panelas continuem velhas!


    Um forte abraço fraternal, meu grande amigo!

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