[Dedicado a (embora não seja baseado em) Dalila Porto]
Com muito pesar, cheguei a uma conclusão: você nos sabota.
Talvez movida pelo prazer de viver no limite, você brinca, sem habilidade alguma, com a linha da navalha dessa relação esquizo e esquisita.
Nutre um deleite pela lágrima. Um êxtase pela consequência dum não.
Roteiriza. Elabora áudio e vídeo, quadros e fotografia.
(De não termos dias juntos. E, sim, episódios-de-hoje.)
E você encaminha tão bem que omite isso de mim. E, se é que é possível, omite isso de si própria.
(Teu prazer é pela dor real.)
O que sinto é triste e infinito. Um marejar de olhos que obceca e aprofunda.
E sinto medo em começar a ter de admitir que, de me acostumar a esse sabor, em meio ao ocre e ácido, algo adocicado vem surgindo à papila.
Minha queixa é simples: se queres que eu participe, retire-me do elenco e inclua-me na direção.
Embora creia que isso soe impossível.
Já que, ao que tudo indica, você adora me ver distante.
Carpe Noctem.
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