terça-feira, 23 de junho de 2009

Fênix.

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Now playing on iTunes: Paul McCartney - Fabulous
via FoxyTunes


Eu tenho 24 anos, e desde hoje eu e meu pai nunca perdemos o hábito de nos cumprimentarmos com um beijo. Nas chegadas, saídas, caronas ou coisa que o valha. Embora eu perceba que diante de estranhos, desde que entrei no processo de adultização (ainda mais quando passamos dois anos trabalhando no mesmo prédio), ele tenha passado por um certo retraimento.

Acho até isso normal, no sentido em que talvez ele pense que eu esteja em processo de "construção-de-imagem" e que, quanto mais desassociarmos nossas pessoas em determinados contextos, maior é a chance de que reconheçam meus méritos como meus e pronto. Louvável.

Voltando ao assunto, certa feita eu estava a caminho de casa. Quando estava de frente ao portão, meu pai estava a conversar com cara da lavanderia que nós contratávamos, que estava lá para pegar a roupa suja e receber o pagamento periódico.

Sem fazer muita cerimônia, desejei ao cara uma boa-noite, cheguei ao meu pai e dei os costumeiros abraço e beijo. Percebi que ele havia ficado todo sem-graça em fazer isso de frente ao homenzarrão que ali estava.

Quando fui em direção à porta, ouço o homem falar: "É muito bom, né? Chegar em casa, cansado de tanto trabalhar e vem o filhão dar um beijo na gente..."

Nem virei p'ra ver a cena, mas abri eum enorme sorriso. Pelo que conheço dele, deve ter ficado um outro tipo de sem-graça...

O que isso quer dizer? Nada. Apenas que eu o amo.

E que achei a história bonitinha.


Carpe Noctem. Amo você.

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