terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ensaios Sobre As Paixões (5)


Ato V: Pathos-Excesso




Semear um

sorriso teu

é conquistar

uma pequena vitória.


(E o que tu vais saber disso?

Nada.)


Tê-la em meu

universo onírico

Faz-me acordar

aos suspiros.


(E quando te contarei meus sonhos?

Nunca.)


Sofro menos

ao te manter alheia.

Tu não traz empecilho

ou interdição.


(Quão equívoco

o radical latino...)


Não faz-se mister

haver outro,

além de mim.

nessa relação.


(Nutro paixão aqui

para dois.)


Não há sofrimento

Quando não há

dor provinda

de repulsa.


(Ignorância empalidece

qualquer negação.)


Tu és alvo.

Não há retorno.

Te acompanho

sem perseguir.


(E sem pesar,

obedeço ao pronome:

Minha paixão por ti

é minha.)



Carpe Diem. Amo vocês.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Torquemada.

Enquanto eu trabalhava hoje, ouvi meu telefone tocando. Era o alarme. E o que me estranhou era o nome do evento:

Dia de Bruxa solta.”

Isso não é incomum de minha parte - Criar feriados pessoais para serem lembrados nos outros anos, como o “Dia em que Achei que Deus Morreu”, o “Dia Municipal da Preguiça”, ou ainda o “Dia do 'Freneticamente'”, dentre tantos outros. E também não é incomum que eu anote desorganizadamente essas datas numa agenda, justamente para recordá-las.

Mas, dessa vez, minha memória pregou-me uma peça. Porque não me recordo nem a pau que dia seja esse.

Ainda consultei um calendário. Dia 8 de setembro de 2007 era um sábado. Recordo de onde ou com quem eu poderia estar... mas nada. Nem uma fagulhinha.

Seria recalque? Motivos não faltariam. Afinal, setembro de 2007 foi um mês como poucos. E um mês que eu não queria que fosse mais. Enfim.

Como vocês podem ver, foi um dia tão de-Bruxa-solta que, nem p'ra ser lembrado, ele me veio cooperar.

Paciência. Vou comemorá-lo todos os anos.

Ele fez por merecer.


Carpe Diem. Amo vocês.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Geschlecht Konfluent.


Ensaio.

Erro.

Eu.


Toco.

Tez.

Tu.


Esqueço.

Exijo.

Ele.


Noite.

Nua.

Nós.


Venha.

Vida.

Vós.


Espelho.

Excita.

Eles.


Carpe Diem. Amo vocês.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Olhando Através do Quintal da Minha Vida.


E sou assim:

Da Ordem da fala.

E do Caos do silêncio.


Carpe Diem. Amo vocês.


quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Riding To Vanity Fair.


-Cara, você já leu esse livro?

-Li, sim.

-Que viagem, n'é? Nunca alguém poderia ser daquele jeito...

-Como assim?

-Aquela felicidade toda? Com coisas tão bestas?

-Não vi viagem nenhuma naquilo... Até achei muito verossímil.

-Ah, pelo amor de Deus! Só sendo ficcional p'ra conseguir aquilo tudo que ele conseguiu!

-Bicho... posso ser sincero?

-Fala.

-Você não entende como é ser feliz daquele jeito porque você é mesquinho, medroso, desonrado, preguiçoso, pessimista, repressor, antiquado... E... E... Quer saber de uma coisa?!

-O que é?

-Com a vida que leva, quem merecia ser ficcional aqui era você!

[...]


Carpe Diem. Amo vocês.


Resposta a lugar tempo.


Atualmente, a vida tem sido engraçada. Dia desses, surgiu um bichinho que ainda acredita que pode descobrir todos os segredos do Universo com uma ferramenta que ele mesmo criou.

"Ciência", salvo engano.

É divertido porque ele tem uma dúvida, mas a dúvida tem que caber na ferramenta. E a resposta também, agradando ou não. E o bichinho posa de satisfeito, porque conseguiu o reconhecimento dos bichinhos perto dele.

Eu nunca havia rido tanto desde aquele dia em que flagrei mariposas querendo aprender álgebra contando o bater de suas asas...


[Desculpe, Clóvis. Gostei tanto do que escrevi (5 minutos depois de ter acordado, vale salientar) que resolvi publicar. E muito obrigado pela simples e poderosa fagulha de inspiração que me deste de presente.]


Carpe Diem. Amo vocês.

Uma tênue Lynha...



Se não fosse por sua maturidade, nada disso teria acontecido. Se não fosse pela sua sabedoria vinda com os anos, eu não me controlaria. Se não fosse por minha atenção dada, você não seria bem-sucedido e se não fosse por mim, você nunca teria investido tanto.

Você é essencialmente um empregado e eu gosto de ter você dependendo de mim. Você é como meu protegido e um dia você dirá que aprendeu tudo o que sabe comigo. Eu sei que você depende de mim como um jovem faria com um guardião. Eu sei que você me sexualiza como um jovem faria. E eu acho que gosto disso.

Qual parte da história foi reinventada e qual parte varrida para sob o tapete? Qual parte da tua memória é seletiva e tende a esquecer? O que há com essa distância que a torna tão óbvia?

Apenas certifique-se de que você não falará de mim. Em especial aos seus familiares. É melhor guardar isso para nós mesmos e não contar a nenhum dos nossos.

Queria poder contar ao mundo, porque você será algo lindo quando estiver devidamente pronto. Queria casar contigo um dia, se você ficar atento ao seu peso e manter seu corpo firme.

Oh, isso pode ficar confuso, mas você não parece se importar. Não conte a ninguém e se omita desse suposto crime.

Vamos acelerar para alguns anos depois e ninguém saberá além de nós dois. E eu terei honrado seu pedido por silêncio. E você sairá disso com as mãos limpas.”


[Alanis Morissette - Hands Clean]



Carpe Diem. Amo vocês.